sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O revelar da Cristolândia

Este relato abaixo é do pastor Manoel de Jesus The, um pastor amigo que vive com responsabilidade a ação missionária, assim como o servir. Em um trabalho na Cristolândia, o pastor The teve a seguinte conversa com um dos internos do Projeto, o que nos serve de grande reflexão pessoal:

“Numa entrevista com um deles, acabei por me interrogar o que seria de mim, se tivesse os pais, e a influência que ele teve. Após avaliar-me, perguntei-lhe qual era seu propósito de vida doravante. Respondeu-me: Entregar minha vida a Deus em gratidão por ter-me tirado da miséria em que eu vivia. Então, perguntei-lhe: O que acha que devo a Deus, por ter-me salvo aos 15 anos, não permitindo que eu nem chegasse perto do que o irmão experimentou? Não acha que o que Deus fez por mim foi muito maior? Já imaginou minha dívida? Ele ficou muito emocionado, e, depois falou: Nunca vi um crente sentir-se mais devedor do que nós. É por isso que o irmão vem aqui e nos trata como iguais? Sim, respondi. Não fosse a Graça e, talvez, eu jamais estaria vivo, e, muito menos herdeiro do Reino. Como foi glorioso nos abraçarmos”.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Líder, um missionário em tempo integral

Tito foi um dos notáveis jovens que trabalharam com Paulo. Considerado pelo apóstolo um amigo amado e grande ajudante do ministério, era muito confiável e dedicado. Sua responsabilidade era frente à igreja de Creta, mais uma comunidade corrompida pelo pecado e carente de bons testemunhos de homens fiéis aos ensinamentos bíblicos.

Paulo o escreve afim de orientá-lo na direção da igreja, ensinando-o sobre a escolha de líderes, a identificação de falsos ensinos e como proceder com eles e a necessidade de doutrinamento da igreja com ensinamentos sadios vindos do Senhor. “A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí” (Tito 1.5).

Apesar de ser reconhecidamente capaz por Paulo, a tarefa de Tito era bem difícil. Ele precisava convencer os cretenses de seus pecados e regê-los a submissão de Cristo. O desafio de Tito era gerar novos líderes. Líderes que tivessem a autoridade e graça de Cristo como fundamentos necessários para a condução de um povo. Líderes que fossem exemplos de um povo, limpos e de boa conduta. “Por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo seja irrepreensível: não orgulhoso, não briguento, não apegado ao vinho, não violento, nem ávido por lucro desonesto. É preciso, porém, que ele seja hospitaleiro, amigo do bem, sensato, justo, consagrado, tenha domínio próprio e apegue-se firmemente à mensagem fiel, da maneira como foi ensinada, para que seja capaz de encorajar outros pela sã doutrina e de refutar os que se opõem a ela” (Tito 1.7-9).

Tito não foi o único a ser chamado para tal missão, na verdade esta é uma tarefa de todos aqueles que um dia aceitaram a Jesus como seu Salvador. Todos os crentes em Jesus são líderes em potencial, pois sabendo as verdades Divinas, possuem o conhecimento necessário para transmitir. Partindo do pressuposto que um líder é aquele que tem o conhecimento, então todo aquele que possui a Verdade é um líder. Quando se permite que a graça de Deus sobressaia, não é necessário nem ao menos abrir a boca, gestos falarão. Um sorriso, abraço, a pontualidade, pequenos detalhes demonstram a atuação Divina nas vidas.

Mas para tal ação é necessário se preparar, buscando as características descritas em Tito 1.7-9. É preciso estar atento às orientações espirituais recebidas. E assim como Tito fez com Paulo, buscar sabedoria através do pai na fé. É necessário evitar as contendas e fugir de todas elas, o que não significa ser omisso às responsabilidades de servo.

E sendo líder, será um missionário em tempo integral. Pessoas sem Cristo, ou decepcionadas com o evangelho, necessitam de bons exemplos. Fazer missões também é cultivar bons relacionamentos no trabalho, ter palavras amáveis com a família, estar pronto a ajudar o próximo, mesmo que esta ajuda seja apenas uma frase: “Você consegue!”. Ser um missionário é orar, contribuir e agir sendo luz.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quem está certo?

“A minha opinião ou a sua opinião?” Na hora da discussão quem está certo? Você ou o outro? É claro que a resposta sempre massageará o próprio ego. As opiniões contrárias surgem a qualquer momento e sobre quaisquer questões, o que é difícil de surgir é encontrar quem está certo. Por muitas vezes não existe nem mesmo um certo, mas um modo diferente de se pensar ou de se fazer. A dificuldade do ser humano é entender que as diferenças são saudáveis e sempre farão parte do convívio em sociedade. Agora como cristão, o servo de Deus precisa aprender a ouvir e conviver com as diferenças.

O Jornal Batista é exemplo de um órgão que comporta opiniões diferentes, todas é claro, de acordo com a Palavra de Deus. Em suas páginas pode-se ver diferentes autores, de diferentes lugares com opiniões diferentes, mas que conseguem expô-las sem ofender outros. É fato que tal ocorrência não acontece em alguns meios jornalísticos, que são obrigados a manter apenas uma linha de pensamento. O que se perde muito no enriquecimento de conhecimentos. Tais meios de comunicação são também tachados como “dominadores de opinião pública”, juntamente porque não admitem outras opiniões.

No meio familiar o mesmo drama acontece, só que neste caso são tachados como autoritários. Um assunto simples se torna uma grande discussão, pelo fato de um não concordar com o outro. As diferenças que deveriam fazer um casal crescer juntos, os afastam, simplesmente porque não sabem conviver com tais diferenças. Isso porque não conseguem aceitar o outro como ele é. Marido e mulher não conseguem conviver com as diferenças; filhos preferem deixar os seus pais, do que tentar compreender um outro ponto de vista; pais amaldiçoam seus filhos porque não são como eles sonharam. Famílias são destruídas só porque um quer estar mais certo do que o outro.

A Palavra de Deus é colocada de lado e cada um começa a construir suas próprias verdades. Ter razão parece se tornar uma meta para aqueles que necessitam ser superiores. É assim também que as guerras surgem por toda a história da sociedade, sempre com a premissa “eu tenho razão!”. Mas feliz mesmo são aqueles que aceitam as diferenças, que amam as pessoas como Jesus amou, sem distinção. Felizes são aqueles que querem fazer papel de psicólogos, mesmo sem ter diploma, só para compreender o próximo. Felizes são os que buscam, não a sua própria verdade, mas a verdade de Deus.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Os laços familiares


Parte da juventude de hoje diz que “isso é coisa do passado”, “casar jamais”; pessoas maduras, de meia idade, estão se desfazendo dela e querendo viver uma outra realidade sozinhos; os idosos estão mais do que aprendendo a viver sozinhos, estão escolhendo viver só. Mas a família não é benção de Deus? Mas a instituição família não foi criada por Deus? Então porque tantas pessoas, de diferentes idades, estão preferindo se desfazer da família?

É claro que família é importante para Deus, porque se não, o próprio Senhor Jesus não iria vir ao mundo através de uma família. Talvez o primeiro ensinamento de Jesus tenha sido como viver em família, como ser filho, como tratar os pais. Mesmo com tão belos exemplos, alguns jovens continuam a optar por viver uma vida só, sem laços familiares.

A verdade é que a própria sociedade corrompida deturpou o significado da família. O pai não tem mais autoridade, a mãe não sabe mais o que é ser submissa, nem controlar seus filhos, e esses não querem mais ter contatos com a família. É claro que existem grandes excessões. Graças a Deus este não é um fato que já atingiu toda uma sociedade, mas como cristãos, é preciso zelar pela integridade da família.

Amor, dedicação, cuidado e oração devem reger os laços familiares. O mesmo sangue precisa ser apenas o menor dos vínculos entre familiares, mas a cada dia, cada integrante da família, precisa se pré-dispor a demonstrar constantemente o amor existente em família. E caso este amor não exista, ore sem cessar! Lute pelos laços familiares.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Deus agora é lexotan


Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho

A mediocridade da cultura atual é assustadora. Há bobagem avulta em todos os segmentos da mídia! As pessoas se pautam pela mediocridade, até mesmo as que deveriam ter a mente iluminada por Cristo!
Recordo-me de um jornal de Boa Vista, Roraima, que certa vez entrevistou com uma menina de 15 anos. Cada frivolidade! Seu sonho de consumo era uma Ferrari vermelha. Seus votos: “Simplicidade para todos!”. Dá para entender? As pessoas hoje são famosas não pelo brilho intelectual ou por acrescentarem à sociedade, mas pela estética e por aparecerem na tevê. Então, lemos na Internet: “Veja o que os famosos estão fazendo hoje!”. Bisbilhotar gente fútil é cultura!

Nesta semana li uma entrevista com uma candidata a miss, num jornal de Macapá. Que raso! Espremendo não dá uma colher de café. Mas é querer muito que pessoas que saem em jornais porque foram maquiadas tenham o que dizer. Um português fraco, não corrigido pela redação (aliás, corrigir erros de português é preconceito linguístico!). Indagada sobre Deus, a jovem disse: “Tudo que preciso para me sentir bem”.
Deus virou Lexotan. Não é mais um Ser, o Criador, o Sustentador, a Perfeição, o Absoluto que serve de padrão para nossas ações. É algo para nos sentirmos bem. E o que é “me sentir bem”? Para o drogado, uma pedra de crack. Para o sádico, infligir mal a alguém. A vida é se sentir bem? Ou é ser bom, fazer o bem, ser íntegro e honrado? A vida é só sensação, prazer, ou é dever e saber viver em grupo? E quando fazemos essas coisas nos sentimos bem de verdade!

O individualismo contemporâneo tem produzido uma geração fútil, mesquinha e egoísta. As pessoas parecem querer que o mundo gire ao seu redor. São o centro do mundo, e geralmente seu mundo é pobre. São vazias. A vida lhes é roupa de grife, a traquitana eletrônica mais recente, e indigência existencial. Parece que quanto mais medíocre for a pessoa mais sucesso faz. Recordo de um decadente ator de televisão: “Machado de Assis? Pô, cumpadi, tu mi pegô, esse aí num sei não quem é!”. O ator deitava falação sobre a vida, ensinando aos jovens como viver. Deveria ir para uma escola. Bem, não sei se ajudaria. Queda-me a impressão que o Estado está mais preocupado em distribuir kit gay e a possibilidade de dar preservativos aos adolescentes que com a qualidade de ensino. Pelo menos discute mais aqueles que este.

Dá-se o mesmo no evangelho. Cânticos pobres, mensagens pobres, cultos pobres, um blábláblá terrível. Espreme-se e não sai uma colher de café de conteúdo. Boa parte da teologia pregada é como a da mocinha: Deus é uma coisa para elas se sentirem bem. As pessoas não são chamadas à vida santa útil, correta e dedicada a Deus e aos outros. Deus é o açúcar e não o Senhor de suas vidas. Arrependimento, abandono do pecado e santidade saíram do temário. O tema agora é ser feliz e abençoado. E os outros são pretexto, objeto em discurso. Amamos os que nos amam, elogiamos os nossos queridos e nossos familiares, evitamos os irmãos de quem não gostamos, e dizemos que vivemos em amor e somos filhos de Deus. Boa parte dos crentes nunca leu a Bíblia toda, não conhece os fundamentos da sua fé, não tem base alguma. Mas se o culto lhes fez bem, foi tudo que elas precisavam. Deus existe para fazê-las felizes, não para lhes dizer como viver. Nessa hora, “ninguém tem nada com a minha vida!”.

Quando tinha 20 anos de idade, numa aula de Teologia Sistemática, eu disse ao professor, o saudoso Dr. Soren, que a razão era uma maldição. Quatro décadas depois, valho-me da razão: ela é muito boa, uma bênção de Deus, mas às vezes é mesmo uma maldição. Deve ser maravilhoso não pensar. Quem não pensa não tem crise existencial nem frustração com a humanidade. Não raciocinar, não avaliar, satisfazer-se com o visual e com as sensações, sem avaliar nada, deve trazer algum bem. Caso contrário, as pessoas seriam mais analíticas.

Definitivamente, assumi a rabugice. Mas não dá para aceitar frivolidades como filosofia de vida. Menos ainda como teologia.


Texto extraída da coluna Da Foz do Grande Rio de O Jornal Batista.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os frutos da Igreja


“De sorte que nos tornastes modelo para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque, partindo de vós fez-se ouvir a palavra do Senhor, não somente na Macedônia e na Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se divulgou, de tal maneira que não temos necessidade de falar coisa alguma; porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos entre vós, e como vos convertestes dos ídolos a Deus, para servirdes ao Deus vivo e verdadeiro” (1 Tessalonicenses 1.7-9).

O êxito do evangelho em Tessalônica e a fidelidade daquela igreja era de tal forma que suas ações eram conhecidas por diversos lugares. A convicção do evangelho por parte da igreja de Tessalônica era tão grande que seus atos falavam por si só, os seus frutos mostravam a glória de Deus. A partir do texto de 1 Tessalonicenses, é possível perceber o quanto esta igreja buscava ser imitadora do Senhor. Querer fazer a vontade de Deus os levou a ter uma postura diferente a outras pessoas daquela época, os levou a deixar seus ídolos e servir a Deus. Era uma igreja que vivia a missão em tempo integral.

Ao comparar o modelo exemplar da igreja de Tessalônica com as igrejas de hoje, é perceptível o quanto ainda tem muito o que crescer. O mundo precisa de uma igreja que saiba louvar a Deus, mas também saiba servir, saiba amar, saiba doar seu tempo. O que se vê nas igrejas de hoje são grupos de pessoas que só possuem tempo para si mesmas e não tem nenhuma habilidade para amar. Servir é saber amar a todos, sem poréns. Servir é saber cuidar daqueles que estão dentro das igrejas, sem preconceitos e saber receber aqueles que chegam às igrejas, sejam pais, mães, crianças, jovens, prostitutas, alcoólatras, homossexuais,... A igreja deve ser o lugar de tratamento espiritual, assim como também lugar de louvor a Deus e ensino da Palavra.

Igreja que faz a diferença é igreja que busca fazer a vontade de Deus. E fazer a vontade de Deus é cuidar do meio ambiente, como foi ordenado na criação do mundo. “Tomou, pois, o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Êden, para o lavrar e guardar” Gênesis 2.15. Assim como anunciar a salvação através de Jesus Cristo e formar discípulos. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” Mateus 38.19-20.

Estudando a Bíblia dia após dia, é possível guardar e entender a vontade do Senhor. É possível gerar tantos frutos que a comunidade em torno na igreja sinta o diferencial. Guardar a mensagem de Deus e ser imitador de Jesus é pensar não somente no espiritual, mas buscar soluções para o social. Abraçar uma comunidade é dever da igreja, é sua missão, trazendo esperança de uma vida digna. Milagres não surgem a partir de homens, mas a partir de Deus, basta os homens deixarem ser instrumentos do próprio Deus.

Que os canais de televisão, as redes sociais da internet e os jornais noticiem a diferença que a igreja batista brasileira está fazendo na vida das pessoas. Que o mover de Deus seja mostrado através de pessoas caladas, mas que agem. Que os projetos sociais, os projetos de cuidado do meio ambiente e os projetos missionários sejam o grande foco dos batistas. Que as igrejas batistas não apenas vejam a ação do Senhor, mas também possam ser participantes.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O despertar do evangelho dentro das igrejas

Quantas vezes mais os surdos precisarão se sentir sozinhos nas igrejas? Quantas vezes mais as prostitutas precisarão se sentir discriminadas nas igrejas? Quantas vezes mais os dependentes químicos precisarão se sentir como escórias dentro das igrejas? Quantas vezes o depressivo precisará se sentir mais depressivo dentro das igrejas? Já não está na hora da igreja batista brasileira aprender a receber o mundo? O ide é constantemente pregado nas igrejas, mas quantos pastores estão preparando suas ovelhas para receber os novos convertidos?

Esta é a hora do despertar dos líderes para a preparação dos crentes em Cristo. O desejo de servir a Deus cuidando, atuando de forma significativa na vida das pessoas, graças a Deus, já tem sido uma realidade no meio cristão. Mas a preparação é uma lacuna ainda vazia em diversas igrejas. O líder de jovem precisa orientar seus jovens e adolescentes para receberem da melhor forma os ex-dependentes químicos. Da mesma forma os surdos precisam se sentir parte integral da igreja. Saber lhe dar com diferentes pessoas, com diferentes dificuldades é um talento, por isso é necessário buscar este talento e pedir orientação a Deus.

Este despertamento não fica apenas para os líderes e pastores no preparo das ovelhas, mas também se estende ao compromisso destas ovelhas. Membro participativo é aquele que sabe ser cristão primeiramente dentro da igreja. O fazer a diferença começa dentro da casa do Pai e se multiplica para todos os lugares que a ovelha estiver. O primeiro passo é desejar que a sua igreja seja uma igreja ativa, que está preocupada, principalmente, com as necessidades do próximo. A comunidade precisa saber que a igreja local está interessada em ajudá-la, cuidá-la, dar-lhe mais do que ordens, dar amor, assim como o próprio Cristo ensinou. Na cruz, sofrendo as dores humanas, não julgou os homens, mas pediu misericórdia da parte de Deus.

Seguir o exemplo de Jesus Cristo é o maior desafio dos cristãos de todos os tempos. Um homem rei, radical em suas palavras, não era morno, ia direto ao ponto. Cheio de amor, o distribuiu até para pessoas que não mereciam, ensinou com ação a amar sem medida. É este o exemplo que os cristãos precisam seguir para agir dentro das igrejas. É hora de voltar a fazer diferença dentro das igrejas, amar sem medida, cuidar sem medida, tratar sem medida, dar sem medida, aconselhar sem medida, conversar sem medida. Cristão é aquele que faz a diferença até mesmo no meio dos cristãos.

Glórias a Deus por todos que conseguem amar sem condições. Glórias a Deus por aqueles que fazem a diferença na vida dos surdos, que evangelizam as prostitutas, que aconselham as mães e os pais, que dão assistência as crianças, que escutam os ensinamentos dos líderes. Glórias a Deus pelos pastores e dirigentes que ensinam seus ovelhas a agir de forma sábia dentro das igrejas. Glórias a Deus por aqueles que são cristãos dentro das igrejas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Quem deve ser um missionário?


Em toda a sua trajetória aqui na Terra, Jesus ensina como deve ser um missionário e quem deve ser um missionário. Toda a Bíblia é recheada de exemplos de missionários, mas o maior exemplo foi Jesus, que deu a sua vida pela missão, seu objetivo era mudar vidas através do Espírito Santo. Mas ele não fez a diferença sozinho, fez questão de chamar discípulos para acompanhá-lo e também anunciar a mensagem de Deus. Mas então, hoje, quem deve ser um missionário na Cristolândia? Quem deve ser um missionário do outro lado do mundo, no Japão? Quem deve ser um missionário no meio dos índios do Amazonas? Quem deve ser um missionário para alcançar os espíritas do Rio Grande do Sul? Quem deve ser um missionário durante os Jogos Olímpicos de 2016, na Copa de 2014 e nos carnavais de todos os anos no Rio de Janeiro?

Quem respondeu que qualquer um, está engano. Não são quaisquer pessoas que cumpre o ide do Senhor, são pessoas que escolhem aceitar o chamado de Jesus para anunciar a salvação. É preciso aceitar, depois buscar a orientação divina para poder ser usado pelo Espírito Santo. Qualquer um pode falar a respeito da Bíblia, o próprio Diabo usou passagens bíblicas ao tentar Jesus nos seus últimos momentos na Terra. Entretanto, apenas quem tem o Espírito Santo consegue fazer a diferença através das suas palavras e ações. Foi assim que Jesus fez a diferença na sinagoga: “E maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas” (Mar. 1.22).

Ao ler a respeito dos discípulos escolhidos por Jesus, é possível perceber o quanto eram diferentes uns dos outros. Suas personalidades opostas deixa claro que não existe um perfil exato para o missionário, como também não existe uma regra de onde ele deve ser um missionário. Tanto Jesus, quanto seus discípulos falavam a respeito da salvação durante o seu caminho, ou seja, eles não usavam púlpitos ou grandes salões, onde estavam, ali era o local de pregar a mensagem de Deus. Existe uma história real de uma senhora que mora na cidade do Rio de Janeiro e é uma grande missionária no seu bairro e até mesmo sem sair de casa. Todas as vezes que dona Odeth atende uma ligação e a pessoa do outro lado da linha observa que ligou para o lugar errado, ela responde imediatamente: “Não, não, você não ligou por acaso, tudo tem a vontade de Deus...”. E assim começa um diálogo de evangelização. Ao sair de casa, mesmo com passos pequenos, faz questão de conversar com todas as pessoas que encontra e mesmo quando não tem oportunidade de conversar, como a moça do caixa do mercado, deixa um folheto com a Palavra de Deus.

Ser um missionário é uma dádiva de Deus. Escolher ser um missionário é um grande prazer. Buscar a orientação do Espírito Santo, assim como o entendimento da Palavra para a evangelização, é uma bela oportunidade de vida. Quando se quer ser um missionário, não existem obstáculos para tal, basta entender que o local, o meio, a circunstância para falar de Deus, pode estar onde você está. E mesmo que o local para a sua missão como missionário esteja muito longe de onde você está hoje, não tenha medo, como diria a sábia Dona Odeth, “você não leu esta mensagem por acaso, tudo tem a vontade de Deus”. Deixe o Senhor agir na sua vida.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Luta contra a cegueira espiritual

No meio do povo cristão existe um grupo de pessoas que tem uma grande dificuldade de aceitar a vontade de Deus, assim como aceitar a grande sabedoria vinda de outras pessoas, que não eles próprios. Criam um sentimento de inveja, nutrido pela cobiça pelo poder espiritual dado por Deus para outro. De princípio essas palavras parecem exageradas, mas são reais. Pessoas que se dizem cristãs, estão minando servos do Senhor por inveja. O que acontece desde séculos atrás, como é possível ver na história de Estevão.

“Estêvão, um homem muito abençoado por Deus e cheio de poder, fazia grandes maravilhas e milagres entre o povo. Mas ficaram contra ele alguns membros da 'Sinagoga dos Homens Livres', que era a sinagoga dos judeus que tinham vindo das cidades de Cirene e Alexandria. Estes e outros judeus da região da Cilícia e da província da Ásia começaram a discutir com Estêvão, que ele ganhava todas as discussões.
Então eles pagaram algumas pessoas para dizerem: - Nós ouvimos este homem dizer blasfêmias contra Moisés e contra Deus!
Dessa maneira eles atiçaram o povo, os líderes e os mestres da Lei. Depois foram, agarraram Estêvão e o levaram ao Conselho Superior. Então arranjaram alguns homens para dizerem mentiras a respeito dele. Essas pessoas afirmaram o seguinte: - Este homem não para de falar contra o nosso santo Templo e contra a Lei de Moisés. (…).
Todos os que estavam sentados na sala do Conselho Superior olhavam firmemente para Estêvão e viram que o rosto dele parecia o rosto de um anjo” (Atos 6.8-15).

A questão é que a palavra de Deus tem sido deixada de ser anunciada por causa do próprio povo cristão. As brigas e discussões dentro das igrejas tem sido tantas que a pregação do evangelho tem ficado em segundo lugar, o que não poderia acontecer. As desavenças por questões banais ou espirituais estão deixando algumas pessoas cegas espiritualmente.

A cegueira espiritual vem quando as coisas do mundo se tornam superiores às coisas divinas. Como por exemplo ter fama, ter sucesso, ter dinheiro, ter poder, ter bens, ser dono, ser o principal, ser o primeiro, essas questões cegam o que é divino, ou seja, o agir de Deus. E a consequência disso tudo é um poço de pecados que leva a morte espiritual.

Enquanto a Igreja de Cristo se divide por um querer ser mais do que o outro, almas estão se afastando dos caminhos do Senhor. Grandes cantores e cantoras estão saindo da igreja e cantando no mundo, grandes pastores estão se desviando do que é correto aos olhos de Deus, grandes diáconos estão servindo ao mundo, grandes profissionais fazem sucesso em meio ao pecado. E contra a tudo isso, o que os crentes que estão nas igrejas estão fazendo? Infelizmente nada, porque a cegueira espiritual os corrompeu. Graças a Deus existem exceções.

As discussões nas igrejas devem ser com objetivo de frutificar, trazer proveito e não o contrário. Já passou da hora dos cristãos buscarem integridade servindo os irmãos com o propósito de crescimento. Praticar a Bíblia é lutar contra a cegueira espiritual e se alegrar com o amadurecimento de outros, é buscar com todo o vigor aqueles que se desviam, é correr para o alvo como se fosse a única coisa a se fazer, é ver o esplendor de Deus no rosto do irmão e usufruir do Espírito Santo.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Um renovo espiritual para renovar uma sociedade


Todos precisam de um renovo espiritual, sejam cristãos jovens ou da terceira idade, estejam na caminhada de Cristo desde criança ou depois de adultos. Renovar é melhorar, consertar, recomeçar, substituir por coisas melhores, trazer novamente à lembrança, reaparecer, rejuvenescer. Isso tudo não tem a ver com a vida cristã? Com toda certeza! A vida cristã precisa ser renovada espiritualmente todos os dias.

Todos os dias são necessários reajustes na vida, dia após dias é preciso buscar mais a Deus para ver e entender onde está errando. Reconhecer a necessidade de um renovo espiritual é o primeiro passo. Vemos na Bíblia que até mesmo os reis tinham a renovação de Deus. Para seguir novos caminhos é preciso se regenerar e a regeneração não é apenas para pessoas que viveram uma vida contrária a palavra de Deus, mas também para pessoas que sempre estiveram na casa dele. Se regenerar é reconhecer os pecados e buscar uma vida saudável diante de Deus.

Após reconhecer a necessidade de mudança, seja em qualquer área da vida, o segundo passo é buscar essa mudança. Leia a Bíblia, converse com Deus, converse com líderes espirituais, busque o perdão, se corrija, não tenha medo de voltar atrás em alguma palavra para corrigir algum erro. Algumas pessoas, durante sua vida, começam a sentir que precisam de mudança, mas não reconhecem e nem sabem por onde começar. Por isso passam a vida toda renovando os móveis, as roupas, o casamento, os amigos, mas não querem ver a necessidade espiritual. Peça a Deus uma mudança real, mesmo que você já seja um grande líder há anos.

O terceiro passo é de grande importância, saber ouvir. Não basta reconhecer e buscar a renovação se não houver sabedoria no ouvir. Em muitos casos as pessoas escutam o que é necessário, mas não executam, não aceitam. A orientação espiritual deve ser vinda de Deus e tudo o que é Divino é perfeito, aceitando o não, continua sendo perfeito. Existem aqueles que reconhecem a necessidade de se ouvir todos os pontos contrários aos seus, mas na hora de utilizar os pontos contrários para crescimento, são capazes de dizer que estão sendo perseguidos.

Quando líderes, políticos, professores, doutores, pedreiros, donas de casa, manicures, veterinários, …, começarem a entender que precisam, mais do que uma renovação de pensamentos, uma renovação espiritual constante, o povo cristão começará a fazer a diferença na sociedade de forma significativa. Abaixo estão alguns exemplos de histórias de renovação espiritual:

“Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo rei, reinará e agirá sabiamente, e praticará o juízo e a justiça na terra”, Jeremias 23.5.

“Naquele dia o renovo do SENHOR será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra excelente e formoso para os que escaparem de Israel”, Isaías 4.2.

“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”, Isaías 53.2.

“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis”, Apocalipse 21.5.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Acreditar ou não?


 Existe um grande dilema que todo ser humano passa por diversas vezes na vida: acreditar ou não no que outras pessoas dizem. Em certas ocasiões é um vendedor com um produto milagroso, outras é uma pessoa declarando o seu amor, as vezes é um médico indicando um remédio eficaz, mas o pior é saber se aquele homem que se diz pastor é mesmo um mensageiro de Deus. Sabe-se que a fé é crer no que não se pode ver, o que todo cristão precisa ter a respeito do que é Divino. Mas como se pode acreditar que determinado pastor, missionário ou mensageiro, fala da parte de Deus? Até onde o intelecto precisa superar o emocional? E até onde a fé precisa mover montanhas dentro do próprio coração humano para Deus agir?


O que se vê hoje são líderes que fazem do púlpito e das mídias sociais um desaforo. É claro que estes são uma minoria, mas fazem um grande estrago. São pessoas que usam o nome de Deus com aparente autoridade, mas na verdade são grandes charlatões. Alguns são fáceis de serem identificados, outros nem tanto. Diversos só são revelados depois de um escândalo. É por isso que o cristão precisa estar em contínua e ininterrupta comunhão com Deus, para ter sabedoria espiritual para identificar as palavras que vem Dele ou não.

É necessário unir o intelecto com a fé, deixando de lado a postura puramente crítica, mas prevalecendo a postura espiritual. E ter espiritualidade nada tem a ver com deixar de lado o raciocínio. Optar em crer em Jesus como o Cristo e Salvador é uma decisão muito mais do que emocional, mas consciente. Assim como avaliar uma mensagem como vinda de Deus ou não.

Já passou da hora de cristãos, experientes ou não, começarem a usar os recursos que o próprio Deus deu. O primeiro é a sua Palavra direta, viva e clara, a Bíblia. É dentro da Palavra que as dúvidas são esclarecidas, e qualquer um que vier contra a Palavra do Senhor, rapidamente se saberá que não vem de Deus. O ensino bíblico sempre foi e será primordial para a revelação Divina. E o entendimento espiritual vem através da comunhão com o próprio Cristo. A oração precisa caminhar junto com o estudo da Bíblia. Jesus sacrificou a sua própria vida para nos livrar do pecado, nos dar gratuitamente acesso direto a Deus. Portanto, usemos a oração e comunhão com o Pai, como arma contra os charlatões.

Que não só os batistas, como todo aquele que professa ser cristão, usem os recursos intelectuais e divinos para desmascarar o mensageiro de suas próprias ideias e crenças pessoais. Que as igrejas sejam recheadas de pessoas íntegras, com caráter puro. E que mais e mais pessoas, experientes ou não, continuem a ser usadas por Deus para anunciar a Sua vontade.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É hora de espalhar a mensagem de Deus


 Em toda a história da humanidade já existiu algum livro mais importante do que a Bíblia? E será que os cristãos de todas as gerações já conseguiram entender o tamanho da importância da Bíblia? Ao ver algumas atitudes e palavras de determinados cristãos, a primeira resposta é não, existem cristãos que não acreditam na importância da Bíblia. Isso porque não a praticam. A Bíblia de fato não é apenas um livro histórico, é um livro que vai além da história e traz vida, paz, amor, orientação, alento. Afinal de contas, é a palavra viva e direta de Deus.

Já faz algum tempo que os cristãos conseguiram retirar da sociedade aquele estereótipo de “crente Bíblia”, sempre com uma Bíblia debaixo do braço. E passaram para um passo mais firme, os cristãos agora são reconhecidos por suas atitudes firmes. Mas essas atitudes só podem ser firmes e eficazes se forem baseadas na Palavra de Deus. Dar exemplo de cristão não é primordial apenas para pastores e líderes, mas para todo aquele que professa tal fé.

Mas ai daquele cristão que reconhecendo a importância da Palavra de Deus e vivenciando-a, não passá-la adiante. O mundo precisa de ensino, precisa saber como amar, como perdoar, como construir uma família, como ter uma vida santa. E os melhores exemplos para tudo isso e muito mais está na Bíblia. O morador de rua precisa de pessoas que saiam do púlpito, tirem o terno e gravata, e sentem ao seu lado no papelão para interpretar a Bíblia. As igrejas precisam de educadores que ensinem, não só na EBD, mas nas casas de crente ou não, nas escolas, nas ruas. Os presidiários precisam de jovens e idosos que doem seu tempo para ensiná-los o que é vida cristã.

O mundo já percebeu que a Bíblia é um livro importante. Hoje homens que não professam nenhuma fé ou têm crenças diversas, já leram a Bíblia toda. Mas até quando os cristãos vão apenas comprar Bíblias novas, sem na verdade dá-las a real importância? É hora de espalhar a mensagem de Deus. É hora de usar as redes sociais como meio de propagação da Palavra de Deus. É hora da Bíblia entrar nas conversas cotidianas. É hora de enviar e-mails com o ensino cristão. É hora de atitudes bíblicas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O povo tem sede de líderes

Em um tempo onde as informações brotam instantaneamente, e o que era anormal já é fatalmente normal, o povo cristão necessita cada vez mais se manter no foco da luz de Cristo. É nesse meio turbulento que se vê a necessidade de líderes que possam ensinar com sabedoria as crianças, líderes que saibam amar e orientar os jovens e líderes que tenham sabedoria ao falar com adultos. É quando o necessário surge, que se descobre o que falta, e infelizmente o que está em falta são líderes de verdade.

Entenda por líder algo à mais do que uma ocupação em cargos. Nisto, pelo menos, pouco problema existe. Os cargos são ocupados, mas nem sempre por líderes. Muitas vezes apenas por nomes importantes e imponentes, mas a ação de liderança fica vaga. O que se aparenta é que alguns líderes acreditam que sua tarefa é fazer o arroz com feijão, ou seja, é importante mas pode vir acompanhado de muito mais. O resultado desta ação é o trabalho feito, mas liderados sem direção. Isso porque não se preocupam com o grupo que lideram, não se importam em ensinar, em construir novos líderes, nem cumprir metas maiores. Por isso, o povo fica com sede de líderes.

Sem dar exemplo, mandam e desmandam da forma que bem entendem, estão mais preocupados em manter seu próprio bom nível, do que abençoar as vidas. Não entendem que precisam agir com amor, isso tanto no meio secular, quanto dentro das igrejas. E não conseguem amar o próximo porque não sabem o que é o amor (o que renderia outra conversa). Este tipo de líder acredita que as regras são mais eficientes do que o ensinamento. O que também trará mais trabalho, já que não se ensina e aprender qualquer questão em pouco tempo.

Este inclusive, o tempo, é resumido em prazos à cumprir. Diante de reuniões apresentam na hora suas metas cumpridas, isso enquanto seus liderados se perguntam quando foram decididas estas metas? Sem direção, o grupo que tais líderes estão à frente se dissipam e novamente sentem a falta de liderança, apesar de haver um líder.

Mas ainda existem líderes que usam Jesus como seu principal exemplo de liderança e assim educam; estão sempre no meio dos seus liderados; criam um ambiente harmonioso, apesar das diferenças; sabem amar e por isso são amados; criam ensinamentos e não regras; dão exemplo; estão dispostos a se sacrificar, inclusive o seu tempo, por seus liderados e pela sua tarefa; isso não para cumprir regras, mas para alcançar metas traçadas por todo o grupo. Que cada vez mais surjam líderes realmente preocupados com seus liderados.

“E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.
Então mandou à multidão que se assentasse no chão, e, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão” (Mateus 15.32-36).

(Texto publicado em O Jornal Batista em 1 de julho de 2012)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dia do Adolescente Batista

É o momento das mudanças, da formação de opinião, da formação concreta de personalidade, assim é a adolescência, a fase das mudanças. Na igreja eles são o grupo mais animado, leva essa alegria para todas as ocasiões. Cuidado se eles começarem a rir! Pode ser por bobeira, mas é capaz de não pararem de rir nem tão cedo! Com tanta energia e transformação precisam de apoio e bons exemplos, além de espaço para deixar fluir a imaginação.

Adolescentes precisam de pessoas que acreditem em seu potencial, necessitam estar rodeados por familiares e líderes que os apoiem até nas ideias loucas. A princípio tais ideias podem ser loucas para os mais velhos, mas podem ser também instrumento de louvor e adoração, e até mesmo instrumento de evangelismo. Como já aconteceu em uma certa igreja batista, quando o grupo de adolescentes resolveu mudar a sua sala. Assim como a sala das mulheres é decorada com cores e enfeites femininos, esses adolescentes queriam dar “a sua cara” para a sala. Pediram permissão ao pastor e fizeram lindos grafites nas paredes com mensagens evangelísticas, e ao invés de colocar cadeiras, elas foram substituídas por pufes. Eram pequenos bancos estofados coloridos por toda a sala. Tal decoração começou a chamar atenção dos adolescentes visitantes, que agora iam uma, duas, três, quatro vezes e não paravam mais de frequentar a igreja. Ali eles viam que tinham um espaço para aprender a Bíblia sem deixar de lado seu modo de ser, que no final das contas não agredia ninguém.

Foi assim também com outra igreja, quando os líderes dos adolescentes resolveram levar um esportista cristão para falar de suas experiências para o grupo. Tais líderes queriam que seus adolescentes conhecessem bons exemplos de vida cristã que fosse fora das paredes da igreja, por isso chamaram um esportista, mas queriam também que cada adolescente tivesse liberdade para questionar e tirar suas dúvidas. Para tanto, modificaram a ordem dos bancos dentro do templo, empurraram os bancos e fizeram uma roda com um banco ao centro para o convidado, estava formada a arena. Foi uma simples modificação dos bancos que criou um ambiente jovem e fácil para fluir os conhecimentos que os adolescentes precisavam.

Adolescentes precisam disto, igrejas que respeitem seu modo de ser e até mesmo sua moda e deixem que tenham iniciativas. Pastores e líderes precisam fazer mais do que planejar diversas programações, precisam deixar espaço para que o adolescente viva o que aprendeu com a Bíblia e com os bons exemplos ao seu redor. O texto a seguir é um relato real do que passa na mente de uma menina que mora numa cidade grande como o Rio de Janeiro. É um exemplo do quanto os adolescentes cristãos tem potencial e podem abençoar vidas respeitando os mais velhos e seu modo de ser e sendo respeitados.

Jamile Darlen (15 anos), da Igreja Batista da Liberdade (RJ), escreveu este texto no ano passado, um dia após um homem armado entrar em uma escola e atirar contra alunos e professores. Jamile vive em uma cidade grande, junto com seus conflitos, mas existem diversos outros adolescentes que precisam também do apoio de seus líderes e vivem em conflitos diferentes.

“Um dia fui para a escola muito triste e chateada com os meus problemas achando que a minha vida era uma droga e tal... Mas uma coisa me chamou atenção. O que aconteceria se entrassem aqui na minha escola, na minha sala e mirassem uma arma na cabeça dos meus amigos? Seus sonhos, planos, esperanças seriam confrontados por uma ARMA! Foi isso o que aconteceu ontem, 7 de abril de 2011, com 12 adolescentes e seus colegas.

Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo, sei que o jovem (que as matou) devia estar fora de si. Ele escolheu os que iam morrer e a tristeza tomou conta dos alunos. Penso que vou fazer o máximo para seguir os meus sonhos, mais lembro que em um segundo tudo pode acabar.

Queria dizer aos jovens que é difícil sim, mas que o pior foi que a violência começou com o jovem que as matou, pois ele sofreu Bullying, ele também foi uma vítima.

Então meu recado a dar é: Vocês, pais, sabem o que acontece com os seus filhos? Será que é tão difícil nos dar um pouco de atenção? E vocês, jovens, por que sofrem? Por que não confiam em sua família para pedir ajuda? Ou até mesmo para parar com o bullying? Vocês não estão sozinhos e sabem disso. Sonhos, esperanças, planos... tudo isso pode acabar mas não se estivermos juntos lutando para melhorar. E, então, você quer lutar comigo? Pois eu quero lutar por você e com você”.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O mundo precisa de cristãos íntegros


2012 é o ano da educação cristã para Convenção Batista Brasileira, e é nesta época que os desafios se destacam para o cristão. Estou falando de uma década onde os padrões de vida estão sendo mudados, onde o que era errado, hoje pode não ser mais errado, apenas possível; e o que era certo, é hoje uma ideia antiga. As leis que regem a sociedade são refeitas para atender essa nova realidade e nem mesmo uma mãe pode mais repreender seu filho com total liberdade. É no meio de grandes mudanças que o cristão tem hoje o desafio de ser padrão de integridade.

Ser como Cristo sempre foi o alvo de todo cristão, mas como Jesus viveria nessa sociedade que vê a união homossexual como algo normal? De imediato me lembro do texto bíblico que mostra Jesus indignado com uma prática muito comum naquela época, o comércio desenfreado dentro do Templo. Jesus repreendeu aquelas pessoas de forma firme e direta. Não só esta passagem, mas outras de igual modo me mostram e comprovam que a prática cristã vem a partir da vivência bíblica. É necessária a aproximação com o próprio Cristo, e isso se faz através da leitura da sua Palavra, para entender, como cristão, o que é certo ou errado aos olhos de Deus. Mas do que apenas ter opinião, é preciso ter opiniões coerentes.

Integridade, segundo o dicionário, é o mesmo que inteireza moral, retidão, honestidade, algo reto e incorruptível. Algumas pessoas se aproximam destas características, mas o único que não tem porém, apenas qualidades completas, é o próprio Cristo. Por esta razão o nosso dever como cristão deve ser muito maior do que ocupar cargos importantes, do que ser bem sucedido diante da sociedade, ou ser uma pessoa reconhecida, nosso dever é ser como Cristo a partir de nossas atitudes, tendo cargo importante ou não.

O mundo precisa de pessoas que façam a diferença, a começar por pequenas atitudes. Pessoas que desejem ser integras, pessoas que queiram ser como Jesus, mesmo sabendo que nunca chegarão ao seu padrão, mesmo assim correm para o alvo. Que 2012 seja o ano da mudança interior, que todos os cristãos mostrem o que é ter posição correta e coerente, o que é ter opinião eficaz, o que é ser integro. Que a Bíblia não seja distribuída apenas em formato de livro, mas também em palavras, ações, opiniões, pensamentos. 

Que o mundo seja incomodado em todas as suas áreas pela educação cristã, levada por pessoas com padrão íntegro. Façamos a diferença.