terça-feira, 28 de agosto de 2012

O povo tem sede de líderes

Em um tempo onde as informações brotam instantaneamente, e o que era anormal já é fatalmente normal, o povo cristão necessita cada vez mais se manter no foco da luz de Cristo. É nesse meio turbulento que se vê a necessidade de líderes que possam ensinar com sabedoria as crianças, líderes que saibam amar e orientar os jovens e líderes que tenham sabedoria ao falar com adultos. É quando o necessário surge, que se descobre o que falta, e infelizmente o que está em falta são líderes de verdade.

Entenda por líder algo à mais do que uma ocupação em cargos. Nisto, pelo menos, pouco problema existe. Os cargos são ocupados, mas nem sempre por líderes. Muitas vezes apenas por nomes importantes e imponentes, mas a ação de liderança fica vaga. O que se aparenta é que alguns líderes acreditam que sua tarefa é fazer o arroz com feijão, ou seja, é importante mas pode vir acompanhado de muito mais. O resultado desta ação é o trabalho feito, mas liderados sem direção. Isso porque não se preocupam com o grupo que lideram, não se importam em ensinar, em construir novos líderes, nem cumprir metas maiores. Por isso, o povo fica com sede de líderes.

Sem dar exemplo, mandam e desmandam da forma que bem entendem, estão mais preocupados em manter seu próprio bom nível, do que abençoar as vidas. Não entendem que precisam agir com amor, isso tanto no meio secular, quanto dentro das igrejas. E não conseguem amar o próximo porque não sabem o que é o amor (o que renderia outra conversa). Este tipo de líder acredita que as regras são mais eficientes do que o ensinamento. O que também trará mais trabalho, já que não se ensina e aprender qualquer questão em pouco tempo.

Este inclusive, o tempo, é resumido em prazos à cumprir. Diante de reuniões apresentam na hora suas metas cumpridas, isso enquanto seus liderados se perguntam quando foram decididas estas metas? Sem direção, o grupo que tais líderes estão à frente se dissipam e novamente sentem a falta de liderança, apesar de haver um líder.

Mas ainda existem líderes que usam Jesus como seu principal exemplo de liderança e assim educam; estão sempre no meio dos seus liderados; criam um ambiente harmonioso, apesar das diferenças; sabem amar e por isso são amados; criam ensinamentos e não regras; dão exemplo; estão dispostos a se sacrificar, inclusive o seu tempo, por seus liderados e pela sua tarefa; isso não para cumprir regras, mas para alcançar metas traçadas por todo o grupo. Que cada vez mais surjam líderes realmente preocupados com seus liderados.

“E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.
Então mandou à multidão que se assentasse no chão, e, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão” (Mateus 15.32-36).

(Texto publicado em O Jornal Batista em 1 de julho de 2012)

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