terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Bolinho de chuva



Bolinho de chuva é aquele bolinho que a mãe ou a avó faz no dia de chuva, de sol, nublado ou quando não tem nada para comer. Está sempre cheio de açúcar e canela.

Gosto quando está bem molinho por dentro.
Gosto quando acaba de sair da panela.
Gosto de ver a fumacinha subindo.
Gosto de passar no açúcar e na canela.
Gosto porque gosto de lembrar da infância e de toda uma vida.
Gosto quando tem muitos.
Gosto quando derrete na boca.
Gosto quando queima a língua.
Gosto de sentir o sabor por toda a boca.
Gosto de abrir e ver por dentro.
Gosto de comer muitos.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Euforia



Abre os olhos antes do relógio despertar.
Escova os dentes e lava o rosto com música alta.
Toma café, come pão com geleia, agora com manteiga e outro com requeijão.
Fone no ouvido, é hora da caminhada.
Caminhada que nada! Corre até não ter mais fôlego.
Volta para casa, toma banho, se arruma e vai para o trabalho.
Na volta passa no shopping, compra uma bela roupa e sai já renovada.
Encontra os amigos e aproveita a noite refrescante.
Tem gente que é assim, a euforia toma conta de todo o seu ser todo dia. Mas essa é a realidade de poucos, bem poucos! Essa aqui só tem euforia na sexta-feira.

É Natal!



Jesus nasceu! Jesus nasceu! Jesus nasceu!

Será que eles sabem? Corre-corre nas ruas e muitas compras. A ceia está garantida e a cantata está pronta. Pelo menos alguém lembrou de agradecer pelo nascimento de Jesus.

Será que eles sabem? Troca-troca de presentes e visita ao Papai Noel no shopping. E no meio um presépio bem montado. Pelo menos alguém lembrou de agradecer pelo nascimento de Jesus.

Será que eles sabem? Come-come é hora da ceia, as crianças abrem seus presentes. É meia noite e todos se abraçam desejando Feliz Natal. No canto, sozinha, a vovó ora sentada no sofá. Pelo menos alguém lembrou de agradecer pelo nascimento de Jesus.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Pensamento do dia....

"É necessário morrer várias vezes, na mesma vida, para recomeçar"


O cão



Companheiro, mas nem sempre comportado. Ele dificilmente anda ao lado, gosta mais de correr e por isso está sempre carregando o seu dono. Coitado do braço desse dono.

Companheiro sim, mas também um ótimo comedor, só que, de tudo. Comeu as meias, o sofá, a beira do armário, de roupas e da cozinha. Coitado dos móveis desse dono.

Companheiro, mas brincalhão demais. Seu dono chega em casa cansado depois de um dia de trabalho, mas ele nem liga, pula na sua blusa e quer brincar. Assim também com as crianças vizinhas, que sempre saem chorando, com medo de seu grande tamanho. Coitado dos ouvidos desse dono.

Companheiro sim, até quando faz o que não deve fazer. E sortudo é esse dono, que tem um cão que parece acalentá-lo nos dias tristes.