sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

O jornalista respeitado também erra



No meio jornalístico chamamos de “coleguinhas” os outros jornalistas, mas estou com vergonha de chamar o “tão respeitado jornalista” Boris Casoy de coleguinha. Em grande estilo Boris encerrou, no dia 31 de dezembro, o Jornal da Band e seu respeito dentro do jornalismo. Após uma matéria onde 2 lixeiros desejavam Feliz Ano Novo, erros começaram a acontecer.

Primeiro não entra o comercial no momento certo, em seguida o áudio do apresentador, que deveria ser desligado, continuou ligado e se ouve, talvez, a frase mais infeliz da vida de Boris Casoy: “Que m... , dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho”. Risos também são ouvidos.

Com toda certeza ‘Isso é uma v-e-r-g-o-n-h-a!’. Não se trata apenas de uma frase infeliz, onde a gente diz palavras sem pensar que afetam as pessoas, mas se trata de uma idéia infeliz. Com esta atitude “o jornalista respeitado” deixou claro que ainda existe o preconceito contra pessoas simples em nossa sociedade.

Logo na era de avanços tecnológicos, de avanços na economia, de avanços na educação, época onde mais e mais pessoas estão conseguindo construir uma boa educação, temos que queimar nossos ouvidos com idéias arcaicas. O pior de tudo isso, é que essa não é a idéia apenas de um homem, mas de uma legião de pessoas.

Não critico o jornalista Boris Casoy porque ainda não tenho cacife intelectual suficiente para isso, afinal de contas, ele tem anos e anos luz na minha frente de experiência. Mas critico o preconceito que envolve nossa sociedade. Se fossem os tão “xingados” políticos que tivessem no lugar dos garis, talvez fossem mais respeitados. Isso porque eles não usam vassouras e sim ternos.

Vergonha é não reconhecer a importância das pessoas. Vergonha é não ver o quanto cada ser tem o seu valor na sociedade. Vergonha é criar preconceitos sociais. Vergonha é cultivar idéias absurdas. Vergonha é não ter vergonha dos seus próprios males.



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