A chuva não foi o bastante para desanimar os cariocas. Apesar da intensa chuva que caiu no dia 17 de março, os trabalhadores compareceram em peso na passeata contra a emenda que redistribui os royalties do petróleo. Se a emenda do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) for aprovada pelo senado, o estado do Rio de Janeiro poderá perder cerca de R$ 7 bilhões.
Segundo a policia militar, aproximadamente 150 mil pessoas compareceram a passeata, que começou na Igreja da Candelária e foi até a Cinelândia. Entre as autoridades presentes estavam os governadores Sérgio Cabral (RJ) e Paulo Hartung (ES), o prefeito Eduardo Paes, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), prefeitos, senadores e artistas. Com faixas e cartazes, os participantes protestavam contra a emenda classificada por Cabral como "injustiça contra o Rio".
Eu, como uma boa carioca, marquei presença na passeata e percebi também a presença de diversos grupos sociais. Não estou falando de poder aquisitivo, estou falando de uma multidão de pessoas diferentes, da sociedade. Ali estavam estudantes, feministas, políticos, sindicatos, grupos folclóricos, torcedores, trabalhadores de diversos setores, funkeiros, entre muitos outros. É o povo do estado do Rio de Janeiro se unindo pelo bem de todos. Seria muito bom se houvesse essa união em outros momentos da história da sociedade ou mesmo das histórias pessoais do povo da sociedade.
Foto: Arina Paiva
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