Hoje finalmente li um texto muito comentado que é sugerido
como carta aos líderes de jovens. Depois da leitura me enchi de
questionamentos, mas não me senti livre para postar nenhum comentário no post
do autor, já que não o conheço pessoalmente. Isso porque apesar de ter muita
opinião, ainda tenho respeito pelas pessoas de opiniões distintas. Mas aqui no
meu blog tenho essa liberdade. Então vamos lá...
Pelas ligações e posturas do autor é possível perceber que é
uma pessoa que busca o bem da juventude. Mas por suas opiniões tenho que dizer
que ele está apontando o dedo para o lado errado. Criticar os líderes que estão
fazendo alguma coisa pelos jovens me parece muito incoerente. E ainda falar
apenas de uma parcela de jovens da sociedade, me parece apenas conveniência.
Esta carta, ao meu olhar, teria mais coerência se fosse
dirigida à sociedade, ao governo, aos pais... Já que o que faz calar uma
juventude são estruturas muito maiores do que 1 congresso. Será que o autor não
sabe, ou se esqueceu, que a falta de segurança cala um jovem. Assim como a
falta de oportunidade, a saúde precária, a educação (familiar e escolar!) feita
na “meia boca”, a falta de apoio, a falta de espaço e meios para pôr em prática
seus talentos e tantas outras questões.
Se quiser criticar,
critique a quem não faz nada por nossa juventude.
E me parece “olhar para o próprio umbigo” falar apenas das
dificuldades de uma parte dos jovens brasileiros. Será que o autor não sabe, ou
se esqueceu, dos jovens do interior que vivem sem expectativas. Além dos jovens
de classe média e ricos que estão sofrendo com a depressão e preenchem uma
estatística cada vez mais gigante de jovens que cometem o suicídio. É preciso
também ter a consciência da existência dos jovens que crescem dentro de uma
família dividida. Pode a sociedade fingir que isso não faz diferença sobre uma
vida. Mas faz. Ainda tem a geração de jovens adultos “Nenem”. São jovens que
desenvolvem tantos traumas diante de uma sociedade corrupta que: nem trabalham,
nem estudam, nem saem de casa. Tudo por opção, com uma pequena parcela que vive
isso por dificuldades. Quem ainda não percebeu a geração de adolescentes
narcisistas?Adolescentes que vivem num mundo cada vez mais voltado para a aparência,
individualismo e mídias sociais.
Será que o autor se esqueceu da existência de todos esses
jovens que também precisam de ajuda?
Agora o pior mesmo foi a maior juventude cristã da América
Latina apoiar esse texto como se o autor não estivesse falando dela. Eu sou
daquelas que tenho “vergonha alheia”.
E se eu tivesse alguma intimidade com este autor daria um
conselho: Meu irmão, se você foi a um congresso de juventude e não gostou
cuidado ao generalizar a sua opinião. E com sinceridade e respeito, olhe também
a juventude que está longe de você, ela precisa tanto quanto os que estão
próximos.
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