quinta-feira, 9 de julho de 2015

Carta aos...



Hoje finalmente li um texto muito comentado que é sugerido como carta aos líderes de jovens. Depois da leitura me enchi de questionamentos, mas não me senti livre para postar nenhum comentário no post do autor, já que não o conheço pessoalmente. Isso porque apesar de ter muita opinião, ainda tenho respeito pelas pessoas de opiniões distintas. Mas aqui no meu blog tenho essa liberdade. Então vamos lá...

Pelas ligações e posturas do autor é possível perceber que é uma pessoa que busca o bem da juventude. Mas por suas opiniões tenho que dizer que ele está apontando o dedo para o lado errado. Criticar os líderes que estão fazendo alguma coisa pelos jovens me parece muito incoerente. E ainda falar apenas de uma parcela de jovens da sociedade, me parece apenas conveniência.

Esta carta, ao meu olhar, teria mais coerência se fosse dirigida à sociedade, ao governo, aos pais... Já que o que faz calar uma juventude são estruturas muito maiores do que 1 congresso. Será que o autor não sabe, ou se esqueceu, que a falta de segurança cala um jovem. Assim como a falta de oportunidade, a saúde precária, a educação (familiar e escolar!) feita na “meia boca”, a falta de apoio, a falta de espaço e meios para pôr em prática seus talentos e tantas outras questões.

Se quiser criticar, critique a quem não faz nada por nossa juventude.

E me parece “olhar para o próprio umbigo” falar apenas das dificuldades de uma parte dos jovens brasileiros. Será que o autor não sabe, ou se esqueceu, dos jovens do interior que vivem sem expectativas. Além dos jovens de classe média e ricos que estão sofrendo com a depressão e preenchem uma estatística cada vez mais gigante de jovens que cometem o suicídio. É preciso também ter a consciência da existência dos jovens que crescem dentro de uma família dividida. Pode a sociedade fingir que isso não faz diferença sobre uma vida. Mas faz. Ainda tem a geração de jovens adultos “Nenem”. São jovens que desenvolvem tantos traumas diante de uma sociedade corrupta que: nem trabalham, nem estudam, nem saem de casa. Tudo por opção, com uma pequena parcela que vive isso por dificuldades. Quem ainda não percebeu a geração de adolescentes narcisistas?Adolescentes que vivem num mundo cada vez mais voltado para a aparência, individualismo e mídias sociais.

Será que o autor se esqueceu da existência de todos esses jovens que também precisam de ajuda?

Agora o pior mesmo foi a maior juventude cristã da América Latina apoiar esse texto como se o autor não estivesse falando dela. Eu sou daquelas que tenho “vergonha alheia”.


E se eu tivesse alguma intimidade com este autor daria um conselho: Meu irmão, se você foi a um congresso de juventude e não gostou cuidado ao generalizar a sua opinião. E com sinceridade e respeito, olhe também a juventude que está longe de você, ela precisa tanto quanto os que estão próximos.

Nenhum comentário: