domingo, 25 de janeiro de 2009

A minha escolha


Certa vez, ouvi uma história sobre uma família muito pobre. O pai, todos os dias, buscava o sustento da família, enquanto sua esposa ficava em casa cuidando dos três filhos: Maria, com apenas 1 ano; Antônio, de 7 anos; e Manuela, de 8 anos.
Antônio e Manuela pediam, todos os dias, aos seus pais que os levassem para fora da casa, porque queriam brincar. Bem rápido, os pais respondiam que não podiam sair, pois todos os brinquedos tinham que pagar e eles mal tinham dinheiro para comida, muito menos para brincar na rua.
Todos os dias, Antônio e Manuela ficavam com o ouvido na beira da janela, que nunca se abria, só para ouvir as vozes das crianças que, todos os dias, passavam em frente à sua casa. Até que, um dia, ouviram as crianças cantarem:
-Vamos brincar na praça! Tra-la-lá! Vamos brincar na praça! Tra-la-lá!
Num súbito de raiva, curiosidade e inveja, os dois se olharam e, sem perder tempo, Antônio deu um empurrão na janela de madeira que abriu, batendo na parede e dando um susto nas crianças. Manuela, com a mesma rapidez, perguntou:
- Onde é essa praça? Tem que pagar pra brincar?
As crianças, ainda assustadas com o barulho da janela, responderam:
- A praça fica no final da sua rua e não precisa pagar nadinha. Vocês querem ir brincar?
Antônio, aos 7 anos, e Manuela, aos 8 anos, viram e brincaram numa pracinha pela primeira vez. Mas, se os seus pais tivessem procurado se informar sobre a região onde moravam, saberiam que na sua rua havia uma praça, onde todas as crianças podem se divertir sem precisar pagar nada.
Vem daí a minha escolha em fazer jornalismo, a importância de se ter informação sobre tudo que nos cerca. Com informação pode ser eliminada uma epidemia. Uma boa informação traz alegria ao ser humano, assim como uma má notícia pode trazer comoção nacional.

Arina Paiva


Foto: Arina Paiva

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