quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Um branco



As vezes dá aquele branco. Aquele que esquecemos o nome de uma pessoa, ou um número, ou uma data importante. As vezes me dá um branco e não consigo escrever nada. Num imenso universo de possibilidades de assuntos não consigo pensar em nada para escrever.

Mas luto contra isso. Luto porque quando o branco aparece, acabamos "deixando a vida levar". E se eu deixo a vida me levar posso acabar parando em qualquer rio, pode ser um rio limpo de águas claras para um bom mergulho, como também um rio poluído, cheio de vermes prontos a me atacar sem eu sentir.

Por isso, em cada página branca da minha vida eu pego a caneta e escrevo segundo o meu próprio caráter.

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