segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dia do Adolescente Batista

É o momento das mudanças, da formação de opinião, da formação concreta de personalidade, assim é a adolescência, a fase das mudanças. Na igreja eles são o grupo mais animado, leva essa alegria para todas as ocasiões. Cuidado se eles começarem a rir! Pode ser por bobeira, mas é capaz de não pararem de rir nem tão cedo! Com tanta energia e transformação precisam de apoio e bons exemplos, além de espaço para deixar fluir a imaginação.

Adolescentes precisam de pessoas que acreditem em seu potencial, necessitam estar rodeados por familiares e líderes que os apoiem até nas ideias loucas. A princípio tais ideias podem ser loucas para os mais velhos, mas podem ser também instrumento de louvor e adoração, e até mesmo instrumento de evangelismo. Como já aconteceu em uma certa igreja batista, quando o grupo de adolescentes resolveu mudar a sua sala. Assim como a sala das mulheres é decorada com cores e enfeites femininos, esses adolescentes queriam dar “a sua cara” para a sala. Pediram permissão ao pastor e fizeram lindos grafites nas paredes com mensagens evangelísticas, e ao invés de colocar cadeiras, elas foram substituídas por pufes. Eram pequenos bancos estofados coloridos por toda a sala. Tal decoração começou a chamar atenção dos adolescentes visitantes, que agora iam uma, duas, três, quatro vezes e não paravam mais de frequentar a igreja. Ali eles viam que tinham um espaço para aprender a Bíblia sem deixar de lado seu modo de ser, que no final das contas não agredia ninguém.

Foi assim também com outra igreja, quando os líderes dos adolescentes resolveram levar um esportista cristão para falar de suas experiências para o grupo. Tais líderes queriam que seus adolescentes conhecessem bons exemplos de vida cristã que fosse fora das paredes da igreja, por isso chamaram um esportista, mas queriam também que cada adolescente tivesse liberdade para questionar e tirar suas dúvidas. Para tanto, modificaram a ordem dos bancos dentro do templo, empurraram os bancos e fizeram uma roda com um banco ao centro para o convidado, estava formada a arena. Foi uma simples modificação dos bancos que criou um ambiente jovem e fácil para fluir os conhecimentos que os adolescentes precisavam.

Adolescentes precisam disto, igrejas que respeitem seu modo de ser e até mesmo sua moda e deixem que tenham iniciativas. Pastores e líderes precisam fazer mais do que planejar diversas programações, precisam deixar espaço para que o adolescente viva o que aprendeu com a Bíblia e com os bons exemplos ao seu redor. O texto a seguir é um relato real do que passa na mente de uma menina que mora numa cidade grande como o Rio de Janeiro. É um exemplo do quanto os adolescentes cristãos tem potencial e podem abençoar vidas respeitando os mais velhos e seu modo de ser e sendo respeitados.

Jamile Darlen (15 anos), da Igreja Batista da Liberdade (RJ), escreveu este texto no ano passado, um dia após um homem armado entrar em uma escola e atirar contra alunos e professores. Jamile vive em uma cidade grande, junto com seus conflitos, mas existem diversos outros adolescentes que precisam também do apoio de seus líderes e vivem em conflitos diferentes.

“Um dia fui para a escola muito triste e chateada com os meus problemas achando que a minha vida era uma droga e tal... Mas uma coisa me chamou atenção. O que aconteceria se entrassem aqui na minha escola, na minha sala e mirassem uma arma na cabeça dos meus amigos? Seus sonhos, planos, esperanças seriam confrontados por uma ARMA! Foi isso o que aconteceu ontem, 7 de abril de 2011, com 12 adolescentes e seus colegas.

Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo, sei que o jovem (que as matou) devia estar fora de si. Ele escolheu os que iam morrer e a tristeza tomou conta dos alunos. Penso que vou fazer o máximo para seguir os meus sonhos, mais lembro que em um segundo tudo pode acabar.

Queria dizer aos jovens que é difícil sim, mas que o pior foi que a violência começou com o jovem que as matou, pois ele sofreu Bullying, ele também foi uma vítima.

Então meu recado a dar é: Vocês, pais, sabem o que acontece com os seus filhos? Será que é tão difícil nos dar um pouco de atenção? E vocês, jovens, por que sofrem? Por que não confiam em sua família para pedir ajuda? Ou até mesmo para parar com o bullying? Vocês não estão sozinhos e sabem disso. Sonhos, esperanças, planos... tudo isso pode acabar mas não se estivermos juntos lutando para melhorar. E, então, você quer lutar comigo? Pois eu quero lutar por você e com você”.

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