quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Acreditar ou não?


 Existe um grande dilema que todo ser humano passa por diversas vezes na vida: acreditar ou não no que outras pessoas dizem. Em certas ocasiões é um vendedor com um produto milagroso, outras é uma pessoa declarando o seu amor, as vezes é um médico indicando um remédio eficaz, mas o pior é saber se aquele homem que se diz pastor é mesmo um mensageiro de Deus. Sabe-se que a fé é crer no que não se pode ver, o que todo cristão precisa ter a respeito do que é Divino. Mas como se pode acreditar que determinado pastor, missionário ou mensageiro, fala da parte de Deus? Até onde o intelecto precisa superar o emocional? E até onde a fé precisa mover montanhas dentro do próprio coração humano para Deus agir?


O que se vê hoje são líderes que fazem do púlpito e das mídias sociais um desaforo. É claro que estes são uma minoria, mas fazem um grande estrago. São pessoas que usam o nome de Deus com aparente autoridade, mas na verdade são grandes charlatões. Alguns são fáceis de serem identificados, outros nem tanto. Diversos só são revelados depois de um escândalo. É por isso que o cristão precisa estar em contínua e ininterrupta comunhão com Deus, para ter sabedoria espiritual para identificar as palavras que vem Dele ou não.

É necessário unir o intelecto com a fé, deixando de lado a postura puramente crítica, mas prevalecendo a postura espiritual. E ter espiritualidade nada tem a ver com deixar de lado o raciocínio. Optar em crer em Jesus como o Cristo e Salvador é uma decisão muito mais do que emocional, mas consciente. Assim como avaliar uma mensagem como vinda de Deus ou não.

Já passou da hora de cristãos, experientes ou não, começarem a usar os recursos que o próprio Deus deu. O primeiro é a sua Palavra direta, viva e clara, a Bíblia. É dentro da Palavra que as dúvidas são esclarecidas, e qualquer um que vier contra a Palavra do Senhor, rapidamente se saberá que não vem de Deus. O ensino bíblico sempre foi e será primordial para a revelação Divina. E o entendimento espiritual vem através da comunhão com o próprio Cristo. A oração precisa caminhar junto com o estudo da Bíblia. Jesus sacrificou a sua própria vida para nos livrar do pecado, nos dar gratuitamente acesso direto a Deus. Portanto, usemos a oração e comunhão com o Pai, como arma contra os charlatões.

Que não só os batistas, como todo aquele que professa ser cristão, usem os recursos intelectuais e divinos para desmascarar o mensageiro de suas próprias ideias e crenças pessoais. Que as igrejas sejam recheadas de pessoas íntegras, com caráter puro. E que mais e mais pessoas, experientes ou não, continuem a ser usadas por Deus para anunciar a Sua vontade.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

É hora de espalhar a mensagem de Deus


 Em toda a história da humanidade já existiu algum livro mais importante do que a Bíblia? E será que os cristãos de todas as gerações já conseguiram entender o tamanho da importância da Bíblia? Ao ver algumas atitudes e palavras de determinados cristãos, a primeira resposta é não, existem cristãos que não acreditam na importância da Bíblia. Isso porque não a praticam. A Bíblia de fato não é apenas um livro histórico, é um livro que vai além da história e traz vida, paz, amor, orientação, alento. Afinal de contas, é a palavra viva e direta de Deus.

Já faz algum tempo que os cristãos conseguiram retirar da sociedade aquele estereótipo de “crente Bíblia”, sempre com uma Bíblia debaixo do braço. E passaram para um passo mais firme, os cristãos agora são reconhecidos por suas atitudes firmes. Mas essas atitudes só podem ser firmes e eficazes se forem baseadas na Palavra de Deus. Dar exemplo de cristão não é primordial apenas para pastores e líderes, mas para todo aquele que professa tal fé.

Mas ai daquele cristão que reconhecendo a importância da Palavra de Deus e vivenciando-a, não passá-la adiante. O mundo precisa de ensino, precisa saber como amar, como perdoar, como construir uma família, como ter uma vida santa. E os melhores exemplos para tudo isso e muito mais está na Bíblia. O morador de rua precisa de pessoas que saiam do púlpito, tirem o terno e gravata, e sentem ao seu lado no papelão para interpretar a Bíblia. As igrejas precisam de educadores que ensinem, não só na EBD, mas nas casas de crente ou não, nas escolas, nas ruas. Os presidiários precisam de jovens e idosos que doem seu tempo para ensiná-los o que é vida cristã.

O mundo já percebeu que a Bíblia é um livro importante. Hoje homens que não professam nenhuma fé ou têm crenças diversas, já leram a Bíblia toda. Mas até quando os cristãos vão apenas comprar Bíblias novas, sem na verdade dá-las a real importância? É hora de espalhar a mensagem de Deus. É hora de usar as redes sociais como meio de propagação da Palavra de Deus. É hora da Bíblia entrar nas conversas cotidianas. É hora de enviar e-mails com o ensino cristão. É hora de atitudes bíblicas.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O povo tem sede de líderes

Em um tempo onde as informações brotam instantaneamente, e o que era anormal já é fatalmente normal, o povo cristão necessita cada vez mais se manter no foco da luz de Cristo. É nesse meio turbulento que se vê a necessidade de líderes que possam ensinar com sabedoria as crianças, líderes que saibam amar e orientar os jovens e líderes que tenham sabedoria ao falar com adultos. É quando o necessário surge, que se descobre o que falta, e infelizmente o que está em falta são líderes de verdade.

Entenda por líder algo à mais do que uma ocupação em cargos. Nisto, pelo menos, pouco problema existe. Os cargos são ocupados, mas nem sempre por líderes. Muitas vezes apenas por nomes importantes e imponentes, mas a ação de liderança fica vaga. O que se aparenta é que alguns líderes acreditam que sua tarefa é fazer o arroz com feijão, ou seja, é importante mas pode vir acompanhado de muito mais. O resultado desta ação é o trabalho feito, mas liderados sem direção. Isso porque não se preocupam com o grupo que lideram, não se importam em ensinar, em construir novos líderes, nem cumprir metas maiores. Por isso, o povo fica com sede de líderes.

Sem dar exemplo, mandam e desmandam da forma que bem entendem, estão mais preocupados em manter seu próprio bom nível, do que abençoar as vidas. Não entendem que precisam agir com amor, isso tanto no meio secular, quanto dentro das igrejas. E não conseguem amar o próximo porque não sabem o que é o amor (o que renderia outra conversa). Este tipo de líder acredita que as regras são mais eficientes do que o ensinamento. O que também trará mais trabalho, já que não se ensina e aprender qualquer questão em pouco tempo.

Este inclusive, o tempo, é resumido em prazos à cumprir. Diante de reuniões apresentam na hora suas metas cumpridas, isso enquanto seus liderados se perguntam quando foram decididas estas metas? Sem direção, o grupo que tais líderes estão à frente se dissipam e novamente sentem a falta de liderança, apesar de haver um líder.

Mas ainda existem líderes que usam Jesus como seu principal exemplo de liderança e assim educam; estão sempre no meio dos seus liderados; criam um ambiente harmonioso, apesar das diferenças; sabem amar e por isso são amados; criam ensinamentos e não regras; dão exemplo; estão dispostos a se sacrificar, inclusive o seu tempo, por seus liderados e pela sua tarefa; isso não para cumprir regras, mas para alcançar metas traçadas por todo o grupo. Que cada vez mais surjam líderes realmente preocupados com seus liderados.

“E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho.
E os seus discípulos disseram-lhe: De onde nos viriam, num deserto, tantos pães, para saciar tal multidão? E Jesus disse-lhes: Quantos pães tendes? E eles disseram: Sete, e uns poucos de peixinhos.
Então mandou à multidão que se assentasse no chão, e, tomando os sete pães e os peixes, e dando graças, partiu-os, e deu-os aos seus discípulos, e os discípulos à multidão” (Mateus 15.32-36).

(Texto publicado em O Jornal Batista em 1 de julho de 2012)

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Dia do Adolescente Batista

É o momento das mudanças, da formação de opinião, da formação concreta de personalidade, assim é a adolescência, a fase das mudanças. Na igreja eles são o grupo mais animado, leva essa alegria para todas as ocasiões. Cuidado se eles começarem a rir! Pode ser por bobeira, mas é capaz de não pararem de rir nem tão cedo! Com tanta energia e transformação precisam de apoio e bons exemplos, além de espaço para deixar fluir a imaginação.

Adolescentes precisam de pessoas que acreditem em seu potencial, necessitam estar rodeados por familiares e líderes que os apoiem até nas ideias loucas. A princípio tais ideias podem ser loucas para os mais velhos, mas podem ser também instrumento de louvor e adoração, e até mesmo instrumento de evangelismo. Como já aconteceu em uma certa igreja batista, quando o grupo de adolescentes resolveu mudar a sua sala. Assim como a sala das mulheres é decorada com cores e enfeites femininos, esses adolescentes queriam dar “a sua cara” para a sala. Pediram permissão ao pastor e fizeram lindos grafites nas paredes com mensagens evangelísticas, e ao invés de colocar cadeiras, elas foram substituídas por pufes. Eram pequenos bancos estofados coloridos por toda a sala. Tal decoração começou a chamar atenção dos adolescentes visitantes, que agora iam uma, duas, três, quatro vezes e não paravam mais de frequentar a igreja. Ali eles viam que tinham um espaço para aprender a Bíblia sem deixar de lado seu modo de ser, que no final das contas não agredia ninguém.

Foi assim também com outra igreja, quando os líderes dos adolescentes resolveram levar um esportista cristão para falar de suas experiências para o grupo. Tais líderes queriam que seus adolescentes conhecessem bons exemplos de vida cristã que fosse fora das paredes da igreja, por isso chamaram um esportista, mas queriam também que cada adolescente tivesse liberdade para questionar e tirar suas dúvidas. Para tanto, modificaram a ordem dos bancos dentro do templo, empurraram os bancos e fizeram uma roda com um banco ao centro para o convidado, estava formada a arena. Foi uma simples modificação dos bancos que criou um ambiente jovem e fácil para fluir os conhecimentos que os adolescentes precisavam.

Adolescentes precisam disto, igrejas que respeitem seu modo de ser e até mesmo sua moda e deixem que tenham iniciativas. Pastores e líderes precisam fazer mais do que planejar diversas programações, precisam deixar espaço para que o adolescente viva o que aprendeu com a Bíblia e com os bons exemplos ao seu redor. O texto a seguir é um relato real do que passa na mente de uma menina que mora numa cidade grande como o Rio de Janeiro. É um exemplo do quanto os adolescentes cristãos tem potencial e podem abençoar vidas respeitando os mais velhos e seu modo de ser e sendo respeitados.

Jamile Darlen (15 anos), da Igreja Batista da Liberdade (RJ), escreveu este texto no ano passado, um dia após um homem armado entrar em uma escola e atirar contra alunos e professores. Jamile vive em uma cidade grande, junto com seus conflitos, mas existem diversos outros adolescentes que precisam também do apoio de seus líderes e vivem em conflitos diferentes.

“Um dia fui para a escola muito triste e chateada com os meus problemas achando que a minha vida era uma droga e tal... Mas uma coisa me chamou atenção. O que aconteceria se entrassem aqui na minha escola, na minha sala e mirassem uma arma na cabeça dos meus amigos? Seus sonhos, planos, esperanças seriam confrontados por uma ARMA! Foi isso o que aconteceu ontem, 7 de abril de 2011, com 12 adolescentes e seus colegas.

Não tenho palavras para descrever o que estou sentindo, sei que o jovem (que as matou) devia estar fora de si. Ele escolheu os que iam morrer e a tristeza tomou conta dos alunos. Penso que vou fazer o máximo para seguir os meus sonhos, mais lembro que em um segundo tudo pode acabar.

Queria dizer aos jovens que é difícil sim, mas que o pior foi que a violência começou com o jovem que as matou, pois ele sofreu Bullying, ele também foi uma vítima.

Então meu recado a dar é: Vocês, pais, sabem o que acontece com os seus filhos? Será que é tão difícil nos dar um pouco de atenção? E vocês, jovens, por que sofrem? Por que não confiam em sua família para pedir ajuda? Ou até mesmo para parar com o bullying? Vocês não estão sozinhos e sabem disso. Sonhos, esperanças, planos... tudo isso pode acabar mas não se estivermos juntos lutando para melhorar. E, então, você quer lutar comigo? Pois eu quero lutar por você e com você”.