domingo, 14 de junho de 2009

Respeito



Respeito é bom e eu adoro ter, já dar respeito é outra conversa. Mas o que é respeitar? Me ensinaram que é viver longe do pré-conceito ou, ao menos, tentar evita-lo. Respeitar é saber conviver com as diferenças. Conviver não é o mesmo que aceitar. É possível ter amizade com um alcoólatra e não aceitar essa situação.

Respeito é procurar entender as escolhas do próximo, é dar atenção as pessoas que a sociedade discrimina, é compreender que o mundo não é feito por uma única tribo, mas por várias: hippies, evangélicos, ateus, judeus, brasileiros, estrangeiros, ricos, pobres, jovens, crianças, idosos, adolescentes, paulistas, cariocas, cawboys, surfistas, emos, músicos, dançarinos, pagodeiros, raps, mc’s, conservadores, republicanos, ...

São várias as características de cada ser humano e saber respeitar cada uma dessas características é o grande segredo para se conviver em harmonia em uma sociedade.

Por fim deixo aqui um simples desafio: Faça 3 listas de tribos, na primeira coloque todas as tribos que você pertence, na segunda todas as tribos que seus amigos pertencem e na terceira as tribos que pertencem as pessoas que você não gosta. Depois as analise com bastante atenção, você saberá o que fazer.

Foto: Ratão Diniz - Na foto, crianças moradores do Quilombo São José.
O Quilombo São José é uma referência pela preservação das tradições africanas. A história desta área se inicia em meados do século XIX, quando negros bantos chegam como escravos na fazenda Santa Isabel para trabalhar nas lavouras de café da região.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Morrer ou não morrer?



Há dias seguem chocados os brasileiros, os franceses e o mundo com o acidente do avião Air France. Este vôo não carregava apenas brasileiros e franceses, mas ali estavam famílias, sonhos, desejos, objetivos, enfim, eram pessoas como eu e você que tiveram um fim sem escolha. Eram pessoas amadas que amavam.

Entretanto, aqui na Terra continuam a viver pessoas mortas. Morrer é perder a vida e vida não é apenas ter sangue correndo nas veias, mas viver a vida. Pessoas morrem quando sua família é destruída, quando uma separação acontece, quando as brigas tomam conta do dia-a-dia. Outras pessoas morrem quando seus sonhos são frustrados, quando o sonho de obter um emprego é barrado, quando o sonho de estudar fica apenas no desejo.

E os desejos são tantos, assim como os objetivos, mas os “nãos” acabam com todos. Pessoas morrem por escolha, preferem desistir a buscar o “sim”, preferem morrer a lutar contra as doenças, contra a depressão, contra as dificuldades. Você já viu pessoas assim? Você já viu pessoas mortas? Você já viu pessoas sem sonhos? Eu já vi. Eu vejo pessoas mortas. O tempo todo. Em todos os lugares: nas ruas, nas faculdades, nas escolas, dentro de suas casas, dentro das igrejas, nas empresas, nas casas de luxo e nas casas de sapê.

Segundo o dicionário, uma das definições de vida é: princípio de existência, de força, de entusiasmo, de atividade. A vida é uma dádiva de Deus e saber aproveitar cada instante faz parte de uma escolha. Dizem que desistir é a saída mais fácil em meio aos problemas, mas também é o mesmo que morrer.

Entretanto, escolher pela vida é o mesmo que sofrer, chorar, rir, se arriscar, se alegrar, passar por momentos únicos, conhecer o inesperado, fazer amigos e inimigos, construir e destruir, reconhecer a grandeza de Deus nas mínimas coisas, ver, ouvir e sentir, amar, odiar, conquistar, sentir medo, confiar, acreditar. E, ainda segundo o dicionário, viver é: gozar a vida; aproveitar-se da vida; tirar vantagem.

Eu escolho não morrer, escolho me arriscar a viver cada instante, mesmo que eu possa vir a sofrer. Eu prefiro não desistir e construir sonhos, desejos e objetivos, tirando vantagem de cada nova experiência. E você... qual é a sua escolha?

Foto: Arina Paiva